05 abril 2014

Páscoa – um momento de reflexão pela paz no lar.

Como esta festividade da Páscoa vem com feriado, oportunidade de estarmos juntos aos amigos e familiares, desejamos a todos um grande momento de celebração, renascimento interior e felicidade em todos os lares.

A palavra Páscoa significa passagem, originária do termo hebraico “pessach”. Esta é a maior festa do Cristianismo, a exemplo do Domingo de Páscoa que celebra a Ressurreição de Jesus Cristo, data comemorada após a primeira lua cheia que ocorre no início da primavera do hemisfério Norte – entre 22 de março e 25 de abril.

Na religião cristã, celebra-se a Quaresma, durante o período de 40 dias antes da Semana Santa e da Páscoa, como sendo um momento de reforma interior e reflexão, em memória do sofrimento de 40 dias passados por Jesus no deserto e na cruz.

A Semana Santa, entretanto começa no Domingo de Ramos, que celebra a entrada de Jesus em Jerusalém, que estava toda decorada de ramos de palmeira para comemorar a chegada do Messias.

A Sexta-Feira Santa é o dia em que os cristãos celebram a morte de Jesus na cruz, vindo em seguida o Domingo de Páscoa, que celebra a Ressurreição de Jesus e sua primeira aparição aos seus discípulos.

Sabe-se, porém, que a Páscoa já era comemorada pelo povo judeu, antes mesmo da época de Jesus, festividade que relembrava a libertação da escravidão do povo hebreu, no Egito, por 400 anos.

 
Símbolos da Páscoa:

Coelho – este animal tornou-se um símbolo da Páscoa porque nos tempos antigos, a celebração ocorria no hemisfério Norte, no fim do inverno, quando as lebres (e, não, o coelho) apareciam nos campos com seus filhotes.  Por isso simboliza uma época de nascimento e fertilidade.
 
 
Ovo – vários povos pagãos presenteavam os amigos com ovos pintados no período da Páscoa, significando o começo da vida e o desejo de uma “passagem” para uma vida mais feliz.

Atualmente, compramos ovos de chocolate para presentear aos amigos e parentes, mas àquela época, na primavera, as lebres e ovos pintados eram os símbolos da fertilidade e renovação associados à deusa nórdica Gefjun.
 

Como as sacerdotisas eram ditas capazes de prever o futuro observando as entranhas de uma lebre sacrificada, cantava-se “Lebre de Eostre, o que suas entranhas trazem de sorte para mim?”... A versão da cantiga “coelhinho da Páscoa, que trazes pra mim? Um ovo, dois ovos...”, versão comercial daquela rima antiga.

 
Eostre - a deusa da Aurora:

A lebre de Eostre (a deusa da Aurora, também chamada de Ostera na mitologia nórtica e germânica) podia ser vista nas noites de lua cheia e, portanto, era naturalmente associada à Lua e às deusas lunares da fertilidade.

 
De seus cultos pagãos originou-se a Páscoa (“Easter”, em inglês e “Ostern” em alemão), que foi absorvida e misturada pelas comemorações judaico-cristãs, oriundas as festividades dos antigos povos nórdicos, que comemoravam o festival de Eostre no dia 30 de março, dando, assim, início à Páscoa, comemorada na maior parte do mundo contemporâneo.




Colomba Pascal ou pomba pascal - é um pão, estilo Panetone, muito presente na Páscoa.  Conta a lenda que, ao norte da Itália, em Lombardia, vilarejo de Pavia, houve uma invasão local do exército do Rei Albuíno, o rei dos Lombardos. Um confeiteiro do local resolveu preparar um presente para o invasor. Criou um bolo diferente, preparado com ricos ingredientes e assado no formato da pomba da paz.


Quando recebeu o presente, o invasor ficou encantado com o sabor do bolo e a sensível ideia e decidiu poupar o vilarejo do ataque. O bolo simboliza a vinda do Espírito Santo, no formato da pomba que é um símbolo cristão.




Que o espírito de união, fraternidade e amor ao próximo possa adentrar a nossa casa, quando da reunião entre amigos e familiares à mesa da Páscoa, para celebrarmos a paz nos lares.

Texto por Tânia Motta Nogueira Reis.