14 março 2014

8 de março - Hipátia de Alexandria - a Primeira Matemática Mulher, Professora de Filosofia e Visionária.

O dia 8 de março tem sido também um marco de tristeza e luta para as mulheres, desde os idos de 415 d.C, com o assassinato de Hipátia de Alexandria, no Egito.
 
Hipátia de Alexandria (pronuncia-se Hipácia) foi   primeira mulher conhecida e documentada como sendo uma matemática.  Nascida em Alexandria, Egito, em 355 d.C e assassinata em 08 de março de 415, ela foi uma neoplatonista grega e filósofa do Egito Romano, lencionou Filosofia e Astronomia, como chefe da escola platônica em Alexandria.



 

Filha de um renomado matemático, filósofo e astrônomo, autor de diversas obras e professor em Alexandria, Téon de Alexandria, a menina perdeu a mãe muito cedo e foi criada pelo pai num ambiente de ideias e filosofia, quem lhe transmitiu, além de conhecimentos, a forte paixão pela busca de respostas para o desconhecido, sendo rigorosamente disciplinada pelo pai em exercícios físicos, para atingir o ideal helênico de ter a mente sã em um corpo são.
 


Hipátia estudou, profundamente, na Academia de Alexandria: Matemática, Astronomia, Filosofia, Religião, Poesia, Artes, Oratória, Retórica e estudos de Direito.  Aos 30 anos já era diretora da Academia, sendo muitas as obras que escreveu nesse período.
 
Um dos seus alunos foi o notável filósofo e bispo Sinésio de Cirene (370 – 413 d.C), que lhe escrevia frequentemente, pedindo-lhe conselhos. Através destas cartas, sabemos que Hipátia desenvolveu alguns instrumentos usados na Física e na Astronomia, entre os quais o aperfeiçoamento do hidrômetro.

 
Hipátia de Alexandria desenvolveu estudos sobre a Álgebra de Diofanto ("Sobre o Cânon Astronômico de Diofanto"), tendo escrito um tratado sobre o assunto, além de comentários sobre os matemáticos clássicos, incluindo Ptolomeu. Em parceria com o pai, escreveu um tratado sobre Euclides.
 
Ficou famosa por ser uma grande solucionadora de problemas matemáticos, sempre socorrendo seus colegas matemáticos em seus cálculos, quando lhe escreviam, pedindo uma solução.


 

Não se casou porque sentia-se casada com a verdade.

Sabe-se que, apesar de o Cristianismo ser a fé dominante em Alexandria, ela manteve as tradições religiosas da Grécia e foi vítima de uma disputa de poder entre seu amigo Orestes, o prefeito romano do Egito, e Cirilo, o patricarca cristão de Alexandria, que se comprometera a eliminar toda crença religiosa herética.  Uma multidão, inflamada pelos ideais de Cirilo, raptou Hipátia e a assassinou no dia 8 de março de 415 d.C., marcando o fim da Antiguidade Clássica e a queda da vida intelectual na Alexandria, com tamanha perda, apesar da Filosofia Helenística ter continuado a florescer nos séculos V e VI, com base nos seus estudos e escritos.  Duzentos anos mais tarde, Alexandria foi destruída pelos árabes, pondo fim à tradição acadêmica de mil anos da Universidade de Alexandria.



Selecionamos o blog sobre o filme ÁGORA, que narra a época e vida de
Hipátia de Alexandria:

Fonte: Wikipedia

 

09 março 2014

"Empoderamento da Mulher Brasileira" - artigo completo pela Dra. Eliana Calmon, Jornal A Tarde, dia 07.03.2014



"Passados vinte e cinco anos da promulgação da Constituição Cidadão, ao se fazer um balanço das conquistas em igualdade de gênero, podemos dizer que o Brasil conquistou a igualdade plena entre homens e mulheres? Sob a ótica da legalidade, sim.  Não há discriminação alguma e as mulheres brasileiras caminham altaneiras na sedimentação desta conquista.  Certo?  Errado.

Com a liberdade, outorgada a partir da Constituição de 1988, adquirimos mais responsabilidades e hoje, no Brasil, 22 milhões de lares são chefiados por mulheres, cujo trabalho foi capaz de diminuir a pobreza em 30%, segundo dados da Ordem dos Advogados do Brasil.

Entretanto, não estamos bem quando examinamos os indicadores do "desenvolvimento humano": embora o Brasil seja considerado a maior potência em desenvolvimento econômico na América Latina, em igualdade de gênero só está à frente da Colômbia e do Haiti.

Nos quatro eixos de pesquisa - educação, saúde, participação econômica e poder político - a equidade deixa a desejar.  Na educação, os meninos são mais numerosos nas salas de aula, de onde são banidas as meninas por gravidez precoce e necessidade de trabalho doméstico em suporte aos homens da família.

Na saúde, os programas sociais materno-infantis são razoáveis, mas falta às mulheres o básico em termos de prevenção contra o câncer de mama, controle da natalidade, assistência às doenças mentais, dentre outras, de forma a chegarem a óbito antes de um único diagnóstico médico.

No campo de trabalho, a mulher ganhou espaço, mas ainda é vítima do subemprego, salários mais baixos do que os pagos, pela mesma tarefa, aos homens, trabalho escravo, tráfico de seres humanos, assédio sexual, etc.  O eixo de desenvolvimento que mais chama atenção é o da participação política.  Para um universo de 467 deputados federais, nós, mulheres, somos apenas 45 na Câmara Federal; dentre 81 senadores, temos apenas sete senadoras.

Apontam-se como causas desse desequilíbrio a falta de recursos financeiros, de capacitação política feminina e a falta de consciência da própria mulher em relação ao seu papel na sociedade.

Através do empoderamento, teremos a emancipação individual feminina, a superação de dependência, a sensação de dignidade, a liberdade, o controle do próprio destino e o respeito ao próximo.  Afinal, na medida em que nos respeitamos, respeitamos também as pessoas que nos rodeiam.

O empoderamento cria na mulher mecanismos de responsabilidade coletiva, dando-lhe força para vencer a dominação tradicional, vendo nascer daí a consciência de que cabe a ela o controle do seu corpo, da sua sexualidade, do seu destino e do seu direito de ir e vir.

A solução para chegar-se ao equilíbrio entre homens e mulheres é trabalhar para o empoderamento feminino, entendendo-se como empoderamento a consciência social dos direitos de participação nos espaços privilegiados, de onde emanam as decisões.  Este é um tipo de capacitação difícil, pois, para se chegar a ele, necessita-se de acesso às informações, conhecimentos técnicos e recursos financeiros.

Para alavancar a inclusão da mulher, e construir o caminho para o seu empoderamento, é preciso eliminar a violência contra ela, engajá-la nos processos de paz e segurança, aprimorar o crescimento econômico, combatendo o desemprego e o subemprego, colocando a igualdade de gênero no centro do planejamento do desenvolvimento. Somente assim poderemos ter uma sociedade plena de equilíbrio e de fraternidade." Jornal A Tarde, 07.03.14

Eliana Calmon é ministrada aposentada do STJ, formada em Direito pela UFBA, ex-corregedora do CNJ e membro honorária da nossa ONG de mulheres MONGA - Mulheres Organizadas e Não Governadas Anônimas.
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Fotos por Kin Kin da Palestra da Ministra em Salvador, em abril 2012:

 
 

Mulheres Trabalhando por Um Mundo Melhor!


Campanha publicitária da NR Consultoria, para o Dia Internacional da Mulher - 8 de março, com o pensamento da advogada, escritora e presidente de uma ONG de mulheres, MONGA - Mulheres Organizadas e Não Governadas Anônimas,Tânia Motta Nogueira Reis:

"Por que será que não encontramos uma só placa com a frase: 'ATENÇÃO! MULHERES TRABALHANDO'?

Resposta: Porque teríamos que pintar todo o planeta, todos os lares, escritórios, escolas, hospitais, ruas, enfim, o mundo ficaria cheio de placas amarelas."

07 março 2014

8 de março - Dia Internacional da Mulher


Breve Reflexão para o Dia Internacional da Mulher:

"Focadas no nosso desenvolvimento profissional, sentimos estar perdendo o tempo com os filhos. Corremos para casa, rápido, para estarmos com a família e sentimos estar perdendo tempo de es
tudar mais e de cuidar da carreira mais efetivamente...

Neste Dia da Mulher, quero que saiba que você é uma vencedora se todas as suas escolhas são fundamentadas no amor ao próximo, a sua profissão e a seus ideais. Sei que nunca foi fácil nem será humanamente possível. Mas, quem disse que você é humana? Você é um ser divino."
texto de Tânia Motta Nogueira Reis.

Feliz Dia Internacional da Mulher - 8 de março

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