Hipátia de Alexandria (pronuncia-se Hipácia) foi primeira mulher conhecida e documentada como sendo uma matemática. Nascida em Alexandria, Egito, em 355 d.C e assassinata em 08 de março de 415, ela foi uma neoplatonista grega e filósofa do Egito Romano, lencionou Filosofia e Astronomia, como chefe da escola platônica em Alexandria.
Filha de um renomado matemático, filósofo e astrônomo, autor
de diversas obras e professor em Alexandria, Téon de Alexandria, a menina
perdeu a mãe muito cedo e foi criada pelo pai num ambiente de ideias e
filosofia, quem lhe transmitiu, além de conhecimentos, a forte paixão pela
busca de respostas para o desconhecido, sendo rigorosamente disciplinada pelo
pai em exercícios físicos, para atingir o ideal helênico de ter a mente sã em
um corpo são.
Hipátia estudou, profundamente, na Academia de Alexandria:
Matemática, Astronomia, Filosofia, Religião, Poesia, Artes, Oratória, Retórica
e estudos de Direito. Aos 30 anos já era
diretora da Academia, sendo muitas as obras que escreveu nesse período.
Um dos seus alunos foi o notável filósofo e bispo Sinésio
de Cirene (370 – 413 d.C), que lhe escrevia frequentemente, pedindo-lhe
conselhos. Através destas cartas, sabemos que Hipátia desenvolveu alguns
instrumentos usados na Física e na Astronomia, entre os quais o aperfeiçoamento
do hidrômetro.
Hipátia de Alexandria desenvolveu estudos sobre a Álgebra
de Diofanto ("Sobre o Cânon Astronômico de Diofanto"), tendo escrito
um tratado sobre o assunto, além de comentários sobre os matemáticos clássicos,
incluindo Ptolomeu. Em parceria com o pai, escreveu um tratado sobre Euclides.
Ficou famosa por ser uma grande solucionadora de
problemas matemáticos, sempre socorrendo seus colegas matemáticos em seus
cálculos, quando lhe escreviam, pedindo uma solução.
Não se casou porque sentia-se casada com a verdade.
Sabe-se que, apesar de o Cristianismo ser a fé dominante
em Alexandria, ela manteve as tradições religiosas da Grécia e foi vítima de
uma disputa de poder entre seu amigo Orestes, o prefeito romano do Egito, e
Cirilo, o patricarca cristão de Alexandria, que se comprometera a eliminar toda
crença religiosa herética. Uma multidão,
inflamada pelos ideais de Cirilo, raptou Hipátia e a assassinou no dia 8 de
março de 415 d.C., marcando o fim da Antiguidade Clássica e a queda da vida
intelectual na Alexandria, com tamanha perda, apesar da Filosofia Helenística
ter continuado a florescer nos séculos V e VI, com base nos seus estudos e
escritos. Duzentos anos mais tarde,
Alexandria foi destruída pelos árabes, pondo fim à tradição acadêmica de mil
anos da Universidade de Alexandria.
Selecionamos o blog sobre o filme ÁGORA, que narra a época e vida de
Hipátia de Alexandria:
Fonte: Wikipedia