02 julho 2015

A Luta pela Independência do Brasil Começou na Bahia!

A luta de um povo destemido, subjugado pela opressão portuguesa iniciou-se em 1821, seguindo-se com grandes batalhas, por terra e mar, até setembro de 1823, por todo o Recôncavo baiano.




Hino da Independência da Bahia, que se tornou o hino oficial do estado da Bahia em 2010 (Lei Estadual 11.901/2010):

https://www.youtube.com/watch?v=yX6qUXgp7sY

Nossa ONG de mulheres - MONGA - Mulheres Organizadas e Não Governadas Anônimas (www.monga.com.br) vem ressaltar o protagonismo das mulheres baianas na luta pela nossa independência, nas figuras da Abadessa Joana Angélica, da soldado Maria Quitéria e da aguerrida Maria Felipa, como seguem:



Sóror Joana Angélica -  é mártir da Independência da Bahia, pois quando diretora do Convento da Lapa, ao ver seu convento sendo atacado e prestes a ser invadido por soldados (1822), manda as noviças fugirem pelos fundos, enquanto abre a porta principal do Convento da Lapa, em Salvador, e declara: “Para trás, bandidos.   Respeitem a casa de Deus.  Recuai, só penetrareis nesta casa passando por sobre o meu cadáver” , sendo assassinada pelos soldados portugueses com sua baionetas. 



Esse fato enfureceu a população baiana e deu mais força ainda ao movimento pela independência,  e para travarem tantas outras batalhas em nome e pela glória da Abadessa Joana Angélica.



Maria Quitéria – filha primogênita, orfã de mãe aos seus 10 anos de idade, aprendera a montar, caçar e usar armas de fogo.  Após a morte da Sóror Joana Angélica, ela fugiu da casa paterna, para se alistar como “Soldado Medeiros”, cortando os cabelos. 

Descoberta pelo pai, duas semanas mais tarde, já estava lutando com grande competência e disciplina militar.  Sendo um soldado indispensável ao seu pelotão, o Major José Antônio da Silva (avô de Castro Alves) defendeu a permanência dela no  Batalhão dos Voluntários do Príncipe (conhecido como Batalhão dos Periquitos, por usarem cor verde)e passou a usar por sobre a calça militar um saiote, feito por ela mesma, e recebeu posto de Cadete.

Maria Quitéria de Jesus é considerada a primeira mulher brasileira a assentar praça nas Forças Armadas Brasileiras e é a nossa heroína da Independência do Brasil, recebendo o título de Patrona do Exército Brasileiro, em 1996.



Maria Felipa - mulher negra marisqueira, de temperamento forte e liderança entre os baianos da Ilha de Itaparica, que ao ver os portugueses chegarem para atacar a cidade de Salvador, seguiu para a praia com quarenta mulheres, dispostas a seduzirem os soldados portugueses e tirarem suas roupas para lhes darem uma surra de cansanção, enquanto os ilhéus, homens e mulheres unidos, tocavam fogo em 42 embarcações.


Se você tem alguma dúvida de que pode unir suas forças para defender a soberania do nosso país, a qualquer tempo, lembre-se das nossas heroínas.







O desfile do 2 de Julho é sempre marcado por manifestações pacíficas de grupos de pessoas que se organizam e saem em pequenas passeatas, com as mesmas camisetas ou fantasias, colocando o seu protesto para a apreciação de todos que estão nas avenidas do centro da cidade de Salvador, para assistirem às paradas e a passagem dos caboclos (que são grandes estátuas enfeitadas com lindas penas) que saem num cortejo de rua, que vai até o Campo Grande, em frente ao palanque armado para as autoridades e políticos locais.